Por dentro da Cracolândia, a feira aberta de crack que São Paulo não consegue destruir

Desde que apareceu, na década de 1990, quando chegou ao mercado da cidade a versão inalável e altamente viciante da cocaína, as prefeituras sucessivamente tentaram eliminar a Cracolândia - sempre falharam
The Guardian (UK)
Segunda-feira, 27 de novembro, 2017

O cenário desolado da Cracolândia, assentada bem no centro da cidade há mais de vinte anos. Todo prefeito acredita ter a solução, mas as últimas batidas policiais violentas só levaram os adictos para a próxima esquina. Ao assumir o cargo em janeiro, o atual prefeito, o empresário magnata João Doria, declarou guerra à Cracolândia. Em maio, um batalhão de 900 policiais e agentes de segurança armados desceu onde estavam os adictos. Funcionários da prefeitura consideraram a operação um sucesso. Dória declarou, triunfante: “A Cracolândia acabou, não vai voltar mais”. Seis meses depois, a Cracolândia continua, a poucos metros de onde aconteceu a limpeza.